TRÊS PODERES PLANEJAM REFORÇO NA SEGURANÇA DOS PRÉDIOS PÚBLICOS COM VIDROS BLINDADOS E BARREIRAS
Os poderes da República preparam um reforço na segurança dos prédios, após os ataques golpistas de 8 de janeiro. Vidros blindados, instalação de espelho d’água e barreiras ocultas são alguns dos mecanismos que estão sendo discutidos no Congresso, STF e Palácio do Planalto. O desafio, porém, é equilibrar a segurança sem ameaçar o patrimônio histórico, já que os edifícios são tombados. Por isso, o debate envolve discussões com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, o Iphan.
No Congresso, uma proposta é instalar pilares automáticos no acesso à rampa que dá entrada para a chapelaria. O dispositivo já é usado na Europa, e funciona como bloqueador de tráfego.
No STF, uma estratégia é trocar os vidros por blindados. Também está em estudo a criação de um espelho d´água, semelhante ao que existe no Planalto – instalado na década de 1990, depois que um motorista bêbado entrou com um ônibus no prédio. Leandro Grass, que toma posse como presidente do Ipahn em 31 de janeiro, ressalta que o reforço na segurança não pode envolver medidas que coloquem em risco o patrimônio histórico mundial.
‘A gente não deve e nem pode desvirtuar as características arquitetônicas por uma questão única e exclusivamente de segurança. Até porque a segurança se faz com medidas que dizem respeito à política de segurança pública. Então, por exemplo, uma maior ronda, uma maior presença do policiamento ostensivo, uma maior articulação da segurança pública do DF com os órgãos dos Três Poderes. Criar novas estruturas vai colocar em risco o título de patrimônio mundial, e isso não é uma coisa que ninguém está disposto a fazer’, ponderou.
A retomada dos trabalhos do Judiciário também será em 1º de fevereiro e o esquema de segurança será semelhante à posse do presidente Lula. Além disso, 10 seguranças de cada um dos tribunais superiores foram cedidos para reforçar o prédio da Suprema Corte no dia.
Fonte: CBN, editado por Caroline P. Colombo
