SENADO APROVA REFORMA TRABALHISTA E PLC SEGUE PARA SANÇÃO PRESIDENCIAL
Quarta-feira, 12 de julho de 2017.
O Senado aprovou nesta terça-feira (11) o projeto de lei da reforma trabalhista. Foram 50 votos a favor, 26 contrários e uma abstenção. Como não sofreu alterações no Plenário, o PLC 38/2017 segue agora para a sanção do presidente Michel Temer.
A sessão começou tumultuada. Por quase sete horas um grupo de senadoras ocupou a Mesa do Plenário e impediu o andamento dos trabalhos. Durante a tarde, parlamentares tentaram negociar a retomada da votação. Mas não houve acordo.
Ainda com a Mesa ocupada pela oposição, o presidente Eunício Oliveira (PMDB/CE) reabriu os trabalhos pouco depois das 18:30h.
Durante todo o dia, servidores do Judiciário e MPU se mantiveram mobilizados em todo o país e no Congresso Nacional contra a votação da reforma trabalhista.
O presidente da AGEPOLJUS, Edmilton Gomes, foi um dos dirigentes que esteve no Senado nesta terça-feira para tentar impedir a aprovação do PLC. De acordo com ele, a aprovação do PLC 38 retira diversos direitos conquistados pelos trabalhadores e representa o desmonte do Estado. “É a terceirização que enfraquece as relações de trabalho e agora a Reforma Trabalhista, sem que nos esqueçamos da Reforma da Previdência, que permanece em curso”, diz.
Para Edmilton, independentemente da permanência do presidente Michel Temer à frente do governo, a Reforma da Previdência deve ser a próxima batalha a ser enfrentada pelos servidores e trabalhadores de todo o país. “A falta de debates com a classe trabalhadora deu o tom da tramitação do PLC 38/17 e eu acredito que com a Reforma da Previdência isso não será diferente”.
Edmilton Gomes chama a atenção para o fato de que, em diversos momentos, informações repassadas via redes sociais afirmam que a aprovação da Reforma Trabalhista foi uma resposta às atividades sindicais. “As pessoas só falam em fim do imposto sindical, como se o sindicalismo fosse uma coisa ruim. A verdade é que a aprovação da Reforma Trabalhista foi a resposta dada ao desmonte do Estado e a Reforma da Previdência deve ir pelo mesmo caminho e nós precisamos reagir”, finaliza.
Da assessoria de imprensa, Caroline P. Colombo
Foto: Fenajufe