Vigilante faz disparo acidental na troca de plantão no STF

Sábado, 2 de agosto de 2014.


Luciano Beregeno   Um tiro acidental foi disparado por um vigilante que trabalha no Supremo Tribunal Federal. O incidente aconteceu na tarde desta sexta-feira, 1, por volta das 15 horas, logo após o término da primeira sessão ordinária do STF depois do recesso. No momento acontecia a troca de plantão do serviço.

Imediatamente, Agentes de Segurança do Poder Judiciário da União reagiram ao que classificam como  resultado da política desastrosa do STF em utilizar os serviços de segurança terceirizada, uma vez que Agentes de Segurança concursados possuem mais preparo e conhecimento técnico.

No fórum interno do site da Agepoljus – Associação Nacional dos Agentes de Segurança do Poder Judiciário da União, o Agente de Segurança Adão Tadeu Santiago lembrou que o preparo dos concursados, é um ato contínuo. “Os nossos Agentes se preparam com cursos e mais cursos e são desprezados pelas cúpulas dos Tribunais, que não querem reconhecer as qualidades dos serviços prestados pela nossa categoria”, avalia.

Em nota (leia abaixo), o presidente da Agepoljus, Edmilton Gomes, classificou de absurda a situação e garantiu que a Associação vai endurecer as ações nesta questão.

Contratado por uma empresa que terceiriza o serviço de guarda no Supremo, o vigilante foi afastado e poderá ser demitido após o resultado da sindicância que foi aberta para apurar o caso.   Na íntegra, a Nota à Imprensa expedida pela Agepoljus:

Nota à ImprensaO episódio acontecido na tarde desta sexta-feira, 1º de agosto, no Supremo Tribunal Federal, quando um vigilante disparou acidentalmente uma arma na troca de plantão, expõe o lado mais perverso e cruel que a terceirização pode acarretar. Felizmente não foram feitas outras vítimas, além da integridade patrimonial e da percepção de segurança que deve ter o cidadão comum e a comunidade jurídica ao buscar a sede do STF.

           O danoso processo de terceirização no qual insistem os Tribunais somente acarreta a precarização da Segurança Institucional e abre brechas incorrigíveis no cumprimento de normas e padrões exigidos pela atividade, quando desenvolvida como deve ser.

            É estarrecedor vermos a mais alta Corte do País sucumbir a um tiro acidental, fruto da absurda decisão administrativa que precariza, enfraquece e vulnerabiliza a Segurança Institucional no STF.

           Os Agentes de Segurança do Poder Judiciário da União lotados no STF são profissionais extremamente capacitados e habilitados a promoverem magistralmente a segurança da Instituição, de seus componentes e de quem a ela recorre. Mas padecem com a concorrência precarizante que aumenta a possibilidade de falha em qualquer Plano de Segurança para o Tribunal. Lastimável.                                                                                   Brasília, 2 de agosto de 2014.

                                                                              Edmilton Gomes de Oliveira

                                                                                               Presidente