SEGURANÇA… QUANDO TUDO VAI BEM OU QUANDO TUDO VAI MAL? SEGURANÇA SEMPRE!
Terça-feira, 05 de setembro de 2017.
Adaptado por Edilson Carlos Vidal
Diretor do Núcleo de Segurança da JFES
A maioria dos profissionais de segurança está o tempo todo imaginando métodos e ferramentas para criar um sistema de segurança integrado de tal forma que não engesse o negócio no qual atua, bem como fazer com que os outros profissionais de modo geral, enxerguem a segurança como um investimento e não uma despesa necessária e ainda sobre importância de uma Gestão de Segurança como atividade essencial para o pleno desenvolvimento das organizações.
Existe, no Manual de Contra, a seguinte frase:
SEGURANÇA…
Quando tudo vai bem, ninguém lembra que existe; Quando vai mal, dizem que não existe; Quando é para investir, acha que não é preciso que exista; Porém, quando realmente não existe todos concordam que deveria existir…
Não restam dúvidas que essa frase ainda é pensamento recorrente em alguns empreendimentos. Podemos, entretanto, analisa-la da seguinte forma:
Quando tudo vai bem, ninguém lembra que existe:
As Unidades de segurança, sejam corporativas ou institucionais funcionam adequadamente, seu quadro é totalmente preparado e integrado as demais Unidades, trabalham de tal forma que os outros profissionais nem percebem sua existência, filtram e resolvem os problemas de maneira satisfatória.
Quando houver a necessidade de contenção de gastos esse departamento que ninguém lembra que existe devido a sua competência é o primeiro a sofrer os cortes, pois há ocorrências negativas que justifiquem os seus gastos.
Quando vai mal, dizem que não existe;
O Departamento de Segurança isoladamente certamente não trará os benefícios e resultados esperados, ele deve estar integrado de forma consistente em todo o processo produtivo da empresa/instituição. Todos têm que se sentir responsável pela segurança, cumprindo sua parte, sugerindo e participando ativamente do sistema de segurança, não apenas reduzindo ocorrências de danos isoladamente, é necessário também organizar e coordenar todo o esforço corporativo.
Quando é para investir, acha-se que não é preciso que exista;
As empresas/instituições precisam se conscientizar da necessidade da segurança para a preservação de seus ativos, uma vez que as perdas podem influenciar diretamente no resultado final.
Porém, quando realmente não existe todos concordam que deveria existir…
A Gestão da Segurança não pode mais ser tratada apenas como uma estrutura específica, mas como uma atividade sistematizada, pressupondo integração em todos os níveis e segmentos institucionais, constituindo um processo contínuo, dinâmico e flexível, de permanente avaliação e adequação das medidas e procedimentos de segurança das pessoas e dos ativos, contra os riscos e ameaças reais ou potenciais.
Um conceito de Segurança interessante:
“conjunto de medidas de prevenção e de execução que visa assegurar a integridade física e moral das pessoas e a proteção do patrimônio da empresa, eliminando e reduzindo os riscos, presentes e potenciais”. (MINA, 2000, p. 150)
É cristalino que o objetivo da segurança é resguardar a integridade das pessoas, das informações, dos ativos físicos e financeiros e da imagem da empresa/instituição por meio de um conjunto otimizado de recursos humanos, técnicos e administrativos, a fim de manter a empresa/instituição produzindo e cumprindo sua missão, ou seja, garantindo, no nosso caso, a devida e célere prestação jurisdicional, devendo assegurar a integridade física e moral do indivíduo, proteger o patrimônio, investigar, prevenir, impedir e reprimir as ações de qualquer natureza com que venham ameaçar ou dificultar o pleno desenvolvimento das atividades, contribuindo desta forma para a prevenção e a minimização de intercorrências.
Penso em fazer um quadrinho para colocar na sala de segurança a seguinte frase:
SEGURANÇA…
Quando tudo vai bem, todos lembram que existe; Quando vai mal, dizem somos todos responsáveis; Quando é para investir, acha-se que é preciso que exista para a continuidade e crescimento da instituição; Porém, quando realmente não existe todos concordam que deveria existir, de forma qualificada e preparada dentro dos preceitos legais.