NASCIMENTO DA POLÍCIA JUDICIAL

Por José Roberto de Carvalho Pantoja

Saudação a todos os colegas Policiais do I Curso de Formação de Gestão Especializada da Polícia Judicial.

Aos nobres convidados que nos abrilhantam com suas presenças, sejam hoje e sempre bem-vindos.

Nosso muito obrigado aos responsáveis pela segurança no TRF1, em especial, a pessoa do Coordenador de Segurança do TRF1, EPIFÂNIO PASSOS e a todos que envidaram esforços para que o sonho virasse realidade.  

A singela mensagem deste discurso está centrada no trabalho que muitos de nós já realizamos, qual seja o de transformar sonhos distantes em realidades próximas e ideais em projetos de vida.

Disse um filósofo: “Se penso logo existo”, disse o outro: “Tudo o que existe hoje é porque alguém sonhou um dia”, bradou, também, o profeta: “antes que fosses formado no ventre de tua mãe eu já te conhecia”.

E assim iniciou-se minha história.

Minhas irmãs, LEGISLATIVA E JUDICIÁRIA, nasceram em 1988. EU, levei mais de 03 (três) décadas para nascer, minha primeira sementinha foi em 2003 plantada através de uma associação (AGELPOJUS) que ME deu um nome já nos primeiros idos do século XXI.

Uma gestação dura 09 (nove) meses se humana e 24 (vinte e quatro) meses se animal. A MINHA durou 32 (trinta e dois) anos, tendo sofrido em 2005 um aborto provocado, pois, não me deixaram nascer, mesmo EU querendo.

Em 2012, outra gravidez, mas não sobrevivi, fui abortada novamente, anjos, então, assumiram a obrigação de me ver nascer. Assim sendo, iniciou-se um tratamento especial e de choque para que nascesse, uma vez que EU já tinha perdido a esperança de existir.

   Aquela sementinha de 2003, começa a pegar força e visibilidade, através das bases sólidas que foram construídas através da vontade de ME verem viva, bela e radiante, uma vez que os que me abortaram, passaram a entender, que EU, realmente, precisava nascer.

Depois de 2012, minha situação ficou mais amena, em virtude de que mesmo não tendo sobrevivido, deixei um simples e belo recado sobre a necessidade de EU existir, pois, as pessoas já eram dependentes de MIM, mesmo diante de minha inexistência.

Já possuía filhos, mesmo não tendo nascido, e muitos, centenas, milhares, nos mais longínquos rincões e lugares de minha pátria amada, alguns nem ME viram nascer, em respeito e homenagem a eles silencio neste momento por breves segundos.

Em 2018, um mariliense, ao assumir o mais alto posto de um dos três poderes de meu país, resolveu assumir a paternidade afetiva e responsável de ME ver nascer, pois, minha gravidez seguiu a Lei do mundo animal, em virtude de que minha mãe, cujo nome é JUDICIÁRIO, engravidou de seus filhos.

No dia 08 de setembro de 2020, minha mãe deu à luz e, EU, definitivamente nasci e vi o quanto já era esperada e amada. E, pasmem, nesse mesmo dia SOU comemorada em todo o Brasil, em virtude de MEU batismo, cuja numeração é 344/2020.

Já transcorreram mais de 04 (quatro) anos de MEU nascimento, e já estou, inclusive, sentada no banco de escola, apreendendo com meus professores, meus filhos clandestinos que acreditaram na minha existência, como devo me comportar no dia a dia.

Agora, descortino a vocês o motivo pelo qual EU adentrei a vida terrena, foi para dar segurança e proteção aos Guardiões da Liberdades, seus servidores, familiares e todos que necessitem de MIM, para que a justiça e a paz social reinem absoluta.

Bem já falei muito, preciso dizer agora aos senhores e senhoras quem sou EU.

EU sou a POLÍCIA JUDICIAL.

José Roberto de Carvalho Pantoja é Agente da Polícia Judicial do TRF-1.

*Artigos assinados são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam, necessariamente, as ideias ou opiniões da AGEPOLJUS.

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