POLÍCIA JUDICIAL DO TRT-1 MINISTRA TREINAMENTO PRÁTICO EM CURSO VOLTADO À PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA DE GÊNERO E DEFESA PESSOAL PARA MULHERES

O Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (RJ) promoveu, na última sexta-feira (16), o curso “Violências sofridas em razão de gênero e a prática de defesa pessoal”, voltado exclusivamente para mulheres que atuam na instituição – incluindo magistradas, servidoras, terceirizadas e estagiárias. A atividade ocorreu no Centro de Treinamento da Coordenadoria de Polícia Judicial (Cpol), localizado no Edifício Darcy Vargas, no Centro do Rio de Janeiro.

A programação foi dividida em dois momentos: uma etapa teórica, com palestras sobre as diversas formas de violência de gênero, e outra prática, com treinamento de técnicas de defesa pessoal feminina.

A iniciativa integra o protocolo de prevenção e segurança voltado ao enfrentamento da violência doméstica contra magistradas e servidoras, conforme previsto na Recomendação nº 102/2021 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O evento foi organizado pela Ouvidoria da Mulher e pela Cpol, com apoio da Escola Judicial (Ejud1).

Na abertura, a diretora da Ejud1, Desembargadora Sayonara Grillo Coutinho, destacou a importância de visibilizar o trabalho feminino, sobretudo em cargos de liderança. “Interessa a todas nós, mulheres, que possamos usufruir dos direitos civis básicos, de circular, de andar, de dispor do nosso trabalho, de exercer a nossa atividade e ter também o nosso trabalho reconhecido e visibilizado”, afirmou.

A desembargadora Carina Bicalho, ouvidora da Mulher do TRT-RJ, ressaltou que a capacitação foi idealizada para fortalecer a autoconfiança das participantes. “Na sociedade patriarcal em que vivemos, não fomos ensinadas a nos defender, nos posicionar e nos colocar”, pontuou.

Já a juíza do Trabalho e juíza auxiliar do CNJ, Roberta Ferme Sivolella, responsável pela elaboração da Recomendação nº 102/2021, explicou o contexto que levou à criação da norma. “Havia resistência em associar o ambiente de trabalho à violência doméstica, mas sabemos que seus efeitos extrapolam o lar, chegando ao espaço profissional, que muitas vezes se torna um ponto de ameaça”, disse.

A assistente social Karla Valle abordou os sinais de alerta que podem indicar relações abusivas, como a checagem de celular ou e-mail sem consentimento, isolamento social, comportamento explosivo e acusações infundadas.

Na parte prática, os Agentes de Polícia Judicial Elias Storani e Luciano Lustosa compartilharam orientações de segurança e medidas preventivas para o cotidiano, além de destacarem os benefícios da prática da defesa pessoal, como o fortalecimento da autoestima, a redução da ansiedade e o desenvolvimento de habilidades de proteção.

Em seguida, a instrutora Carla Ferreira, com apoio dos APJs Carlos Daniel e Marcos Vinícius Rosa da Silva, ministrou o treinamento com técnicas de desvencilhamento, torções e golpes traumáticos voltados à autodefesa em situações de risco iminente.

A grande procura pelo curso – que teve 50 inscrições para apenas 25 vagas – motivou a Ouvidoria da Mulher a planejar novas turmas.

A AGEPOLJUS parabeniza o TRT da 1ª Região pela realização do curso, que representa uma importante ação de prevenção à violência de gênero e promoção do cuidado e da segurança institucional. Iniciativas como essa reforçam o compromisso do Judiciário com a proteção das mulheres que atuam em seus quadros e com a construção de um ambiente de trabalho mais seguro e acolhedor para todas.

Da assessoria de imprensa, Caroline P. Colombo com informações e foto do TRT-1

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