CURSO DO CNJ VAI TREINAR POLICIAIS JUDICIAIS PARA USO DE PROTOCOLO DE ATENDIMENTO A AUTISTAS

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) sedia, nesta quarta-feira (28), a primeira turma do curso de formação de instrutores do Protocolo Polícia Judicial Amiga dos Autistas, que visa formar multiplicadores para a capacitação de policiais judiciais e outros agentes da segurança institucional do Poder Judiciário para lidar com pessoas no Transtorno do Espectro Autista (TEA) de maneira digna, empática e respeitosa.

O evento será aberto às 10h no Auditório do CNJ e contará com a presença de especialistas e autoridades ligadas ao tema, além de representantes da sociedade civil organizada. A AGEPOLJUS foi convidada a estar na abertura através do presidente Darney Bessa, que já confirmou a presença na cerimônia.

Segundo o CNJ, os 200 Agentes que trabalham em diversos tribunais do país atuarão como multiplicadores do protocolo. A ideia é garantir que todos os profissionais de segurança institucional do Poder Judiciário estejam preparados para reconhecer e responder adequadamente às necessidades específicas da população com TEA. Segundo dados do Conselho Nacional de Saúde, o país tem cerca de 2 milhões de autistas.

Ainda em fase de implementação no Poder Judiciário, o Protocolo Polícia Judicial Amiga dos Autistas já se tornou referência para outras instituições, que também têm vagas no curso de formação e já manifestaram a intenção de criar seus próprios protocolos sobre o tema.

O curso é iniciativa da Academia Nacional de Segurança do Poder Judiciário, com coordenação do diretor do Departamento de Segurança Institucional do Poder Judiciário (DSIPJ), do CNJ, Igor Tobias Mariano. Ao longo do curso, os participantes receberão instruções detalhadas em três eixos: identificação (aprender sobre as características do TEA, sinais e estereotipias); atendimento (conhecer estratégias de comunicação e técnicas de abordagem); gerenciamento de crise (caminhos para amenizar situações de conflito em andamento).

A capacitação inclui módulos teóricos, estudos de caso e exercícios práticos, permitindo que os policiais desenvolvam habilidades essenciais para o desempenho de suas funções com acolhimento e respeito à dignidade humana. Além disso, especialistas e profissionais de segurança compartilharão experiências e conhecimentos. “O curso busca fortalecer a relação de confiança entre a polícia judicial e a comunidade, além de contribuir para uma sociedade mais justa e inclusiva”, afirma Igor Tobias Mariano.

Fonte: CNJ

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